sexta-feira, 22 de maio de 2009

AONDE ESTÃO OS HUMANOS?




Há alguns dias, no Congresso, discute-se o Estatuto de Igualdade Racial, lei que prevê o tratamento diferenciado à população negra brasileira.

Já começa errado.


Erro 1 – A raça é uma só: Humana. As etnias que compõem a raça humana é que sofrem variação.

Erro 2 - Se é um Estatuto que se propõe à Igualdade, como pode dar tratamento diferenciado a uma etnia? Isso é tratamento de igualdade ou trata-se da sacramentação de uma nova modalidade de segregação social?

Estão em discussão as cotas para negros em escolas, em filmes e programas de televisão, em cargos públicos e em empregos na iniciativa privada. Um dos temas mais controversos é a obrigação de que 10% das reservas de território do país sejam destinadas aos quilombolas, sendo que a previsão constitucional apenas assegura a posse, com escritura pública, de áreas historicamente ocupadas.

Vamos parar de besteira e falar a sério, pois isso está virando doidice na cabeça de alguns; quer ver só?

A última novidade do São Paulo Fashion Week é o acordo feito entre o Ministério Público do Estado de São Paulo e a empresa Luminosidade Marketing & Produções, organizadora do evento. As grifes terão que contratar para os desfiles, o mínimo de 10% de modelos negros, afrodescendentes e indígenas nas passarelas, a fim de promover a inclusão social, de acordo com quem impôs esta condição.
Já pensaram na violência social que isto pode gerar?
Parabéns! Esse é o caminho certo para incentivar abertamente o ÓDIO RACIAL!

Gente, a sociedade está fechando os olhos para este “racismo às avessas”! Isso é inconstitucional! Não pode haver ato discriminatório de nenhuma espécie no tocante à raça (vamos lá! me ajudem, legisladores: é e-t-n-i-a!), credo, sexo, idade etc. etc. Veja só:

Constituição da República Federativa do Brasil.

Preâmbulo

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - PROMOVER O BEM DE TODOS, SEM PRECONCEITOS DE ORIGEM, RAÇA, SEXO, COR, IDADE E QUAISQUER OUTRAS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO.


UAI ??? O que estão propondo lá no Congresso não é exatamente uma forma de preconceito, de discriminação com o BRANCO??? Não vai diretamente contra este inciso quatro do artigo terceiro?

Agora, o mais alarmante, que me chamou a atenção de forma assustadora, foi ouvir no Jornal da Band, esta semana, que querem que o Estatuto também priorize o atendimento médico-hospitalar dos pacientes do SUS, pela COR DA PELE.

Eu disse que o Estatuto da “Igualdade” Racial quer diferenciação na ordem do atendimento médico da rede pública (deveria ser chamada de privada, e não por se tratar de atendimento particular .. você me entendeu.).

Eu disse que o Estatuto da “Igualdade” Racial quer que os pacientes NEGROS sejam atendidos PRIMEIRO que os pacientes BRANCOS.
Você acha isso JUSTO? É um tratamento que confirma o preâmbulo da nossa Constituição Federal, que diz que SOMOS TODOS IGUAIS PERANTE A LEI?

Eles estão é rasgando a Constituição na cara de toda a população brasileira, isso sim!

Diga-me, existe algum motivo coerente que justifique que o negro tenha prioridade no atendimento médico da rede pública? Todos os que estão, infelizmente, dependendo do SUS para tratar da sua saúde, não são pessoas de baixa renda? Ou será que tem algum branco maluco que, podendo pagar tratamento particular, vai se aventurar na precariedade mortífera do atendimento público?

Rapaz, estou com o Marcelo Tas: Não reeleja NINGUÉM!
O Congresso está caduco! Precisando de uma repaginação URGENTE! Eu “tô” louca ou o quê, gente?
Você que respondeu “ou o quê” acertou. É “ou o quê” mesmo! Ouvi mal “ou o quê”? Entendi errado “ou o quê”?

Isso não pode estar acontecendo. É pegadinha. Prioridade para a cor da pele no atendimento médico na rede pública? Não, eles só podem estar brincando, assim como brincam com o dinheiro público, do contribuinte, na farra das passagens aéreas, nos aumentos de salário que eles se dão; nas caríssimas decorações dos apartamentos funcionais e nos gabinetes...
Sim, eles só podem estar brincando.



Para não perder a viagem, vamos a mais um absurdo noticiado esta semana – na mesma edição do Jornal da Band que assisti na 5ª. feira à noite. FAVELADO NÃO PODE FAZER TRANSPLANTE DE CORAÇÃO AQUI NO RIO DE JANEIRO.

É isso mesmo que você leu.
Se o sujeito está precisando de transplante, e mora em favela – ou em qualquer lugar sem saneamento básico – ESTÁ PROIBIDO de entrar na fila para transplante de coração do INC – Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras.



A reportagem mostrou ainda um aposentado que, fez lá o seu grande esforço (e pacientes cardíacos não podem pegar no pesado, hein?), e conseguiu, finalmente mudar de residência, para poder entrar na fila e ser transplantado.

A médica entrevistada alegou, “tristemente” que, infelizmente, tinha que ser assim, pois, o transplantado fica cm baixa imunidade, e pode pegar uma infecção num lugar com precárias condições de higiene. Por isso, ele não pode fazer a cirurgia de transplante.



MAS QUE DROGA, ESTA FOI A ÚNICA SOLUÇÃO “INTELIGENTE” QUE VOCÊS ENCONTRARAM PARA O PROBLEMA? Já que o cara “pode” morrer porque “pode” pegar uma infecção, num lugar que “pode” estar contaminado, ENTÃO, VAMOS LOGO MATAR ELE, NEGANDO-LHE O TRANSPLANTE DE CORAÇÃO!

Caramba! Será que ninguém mais está vendo o absurdo disso? Será que o inchaço no funcionalismo público não serve para unir as forças, a fim de que o Estado promova, então melhores condições de higiene para os locais abandonados por ele mesmo?

Ou ainda: construir moradias populares, com saneamento básico, e efetuar a mudança do paciente, sem que este tenha mais essa preocupação? Pois se o paciente cardíaco for o chefe da família, danou-se, né? Ou ele está “encostado” no “nepeesse”, ganhando uma mixaria, ou está desempregado, impossibilitado de trabalhar, devido à sua frágil saúde.

Por favor, né? NEGAR O TRATAMENTO É CRIME! TODOS OS BRASILEITOS TÊM DIREITO À SAÚDE E A TODAS AS FORMAS EXISTENTES PARA RESTABELECÊ-LA!
Ministério Público tem que tomar providências!

Ah, pelo amor de Deus, aonde estão os HUMANOS deste instituto? Aonde estão os HUMANOS do poder público? A frieza deles é tanta que me dá calafrios!
TOC TOC TOC! Há vida humana, e inteligente aí dentro?

E se fosse o SEU PAI? OU A SUA MÃE? OU A SUA IRMÃ?
OU O SEU FILHO?


SOCORRO! Os poderes públicos foram dominados por frios alienígenas que querem acabar com a RAÇA (aqui é raça mesmo) HUMANA!



monica_sampaio_melo@hotmail.com

7 comentários:

Unknown disse...

Eu acho engraçado que, em nenhum momento, você tenha ignorado que a pobreaza no Brasil é racializada e que até o momento está-se discriminando os negros neste país. Não sou a favor de atendimento médico prioritário para negros. Mas, o sistema de cotas é, sim, justo. Afinal, foram anos de criação de um ambiente hostil aos negros no Brasil. Mas, claro, é mais fácil ignorar a história.

Mônica Sampaio de Melo disse...

Caro leitor, se você acredita que estou ignorando a história, a sua visão está distorcida, pois ao criticar a discriminação, estou fazendo a minha parte para que isso tenha fim. Essa tentativa de "virar o jogo" é que é nefasta, e pode gerar, abertamente, o ó dio racial em largas proporções.
Não ignoro que a pobreza no Brasil, no tocante aos negros, tenha sido gerada na má administração da abolição da Escravatura, fato que mostra que os senhores não tinham a menor intenção de libertar os escravos; eles foram, sim, obrigados a ceder a este movimento. Etomaram todas as precauções para que o negro não viesse, posteriormente, reivindicar a sua devida indenização. E isso se deu a partir da brilhante ideia do então ministro Rui Barbosa, de queimar toda a documentação de propriedade de escravos, mediante a desculpa de "apagar" da história este lamentável episódio da escravatura.
Não ignoro também, caro leitor, de que as famigeradas leis do Ventre Livre e do Sexagenário,foram armações articuladas pelo poder, para não dar ao negro o direito que lhe é devido. A do Sexagenário foi apenas uma medida arranjada para desobrigar os patrões a sustentarem até a morte, os negros idosos e incapacitados ao trabalho; e a do Ventre Livre, uma tentativa de desagregação da família negra, separando as crianças de seus pais, fazendo-os ficar sem identidade, para fragilizá-los e manipulá-los.
Aliás, na ocasião da assinatura da própria Lei Áurea, parte dos negros já estavam libertos.
Então, caro leitor, eu não estou, como pode constatar, ignorando a história. Mas creio que, se for de boa vontade, o governo e a própria sociedade, podem fazer muito melhor do que isso que estão tentando fazer, para proteger a soberana igualdade prevista na Constituição do nosso país, porque, se antes, as tentativas de "ajudar" o negro, foram meros atos de esconder a própria sujeira do poder, agora, é um verdadeiro genocídio legalizado, o que se propõe.

Alexandre Sampaio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Roberto ... a questão aqui não é mais o preconceito ao negro, e sim, todo o preconceito que está sendo gerado contra o branco pobre. No Brasil temos milhares de brancos ou pardos, pobres. Nas faculdades, hoje, foi criada uma comissão, para dizer quem é negro e quem não é; quem tem direito e quem não tem direito à cota para negros.
E então, para você, quem é negro? Barak Obama teria direito à sua cota? E os negros ricos, devem ganhar ou não cotas?
O que deve ser adotada é a cota social ...
Logo, concordo com a Mônica.

Abraços,

Alexandre

André Carioca disse...

bsurdo!

Existem muitos brancos pobres, em comunidades carentes. E outra!

Essa cota em universidades é um atestado que estão tentando passar de que o negro é incapaz e o negro, ao concordar está assinando embaixo!

O certo seria um ensino público de qualidade, não uma discriminação do tipo se eu não te der uma cota você não tem condições de entrar..

Mônica Sampaio de Melo disse...

Querido, não é comigo que você tem que reclamar, mas sim com o órgão de imprensa oficial que o noticiou. Eu não faço reportagens; eu as comento. Se você leu direitinho, comentei o que o Jornal da Band noticiou.
Atirou na pessoa errada, amigo do INC.

Rafael Nunes disse...

Acho um problema complexo. Vc colocou seu ponto de vista, aliás bem embasado e com exemplos concretos. Mas é notorio que o Brasil sofre de um problema crônico de identidade etnica. Vc ja parou pra pensar como um país como o Brasil tenha um evento onde nem 10% é representado por negros e sua enorme variante? Alguma coisa está errada aí, né...Porque é possivel vc percorrer uma loja inteira de departamentos de Shopping e não vê uma funcionário "mais escurinho", a não ser que esteja varrendo o chão ou recolhendo o lixo? Eu realmente sou contra essa "igualdade" que estão querendo impor, acho que nada imposto é bem vindo, mas o problema existe.